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terça-feira, 27 de março de 2012

Olá queridos leitores!

         Meu nome é Laíse, acadêmica de medicina da Unir, e hoje irei falar sobre a biomecânica ocupacional e as diferenças entre o trabalho estático e trabalho dinâmico.
         Pois então, biomecânica ocupacional é o estudo das interações entre o trabalho e o homem sobre o ponto de vista dos movimentos músculo-esqueléticos envolvidos, e as suas conseqüências. Analisa basicamente a questão das posturas corporais no trabalho e a aplicação de forças.
         Muitos produtos e postos de trabalho inadequados provocam tensões musculares, dores e fadiga. Muitas vezes assentos ou bancadas de trabalho obrigam o trabalhador a usar posturas inadequadas. Mantidas por um longo período de tempo, podem provocar fortes dores localizadas naquele conjunto de músculos solicitados.

Algumas posturas de risco de dores são:

Postura         -------------    Risco de dores
em pé                                 pés e pernas (varizes)
sentado sem encosto           músculos extensores do dorso
Assento muito alto              parte inferior das pernas, joelhos e pés
Assento muito baixo           dorso e pescoço
Braços esticados                ombros e braços
Pegas inadequadas             antebraços

Em relação aos dois tipo de trabalhos supracitados, podemos defini-los da seguinte maneira:

Trabalho Dinâmico: é aquele que permite contrações e relaxamentos alternados dos músculos.

Trabalho Estático:  é altamente fatigante e, sempre que possível, deve ser evitado. Quando não for possível, pode ser aliviado, permitindo mudanças de posturas, melhorando o posicionamento de peças e ferramentas ou providenciando apoio para partes do corpo com o objetivo de reduzir as contrações estáticas dos músculos.
Também devem ser concedidas pausas de curta duração, mas com elevada freqüência, para permitir relaxamento muscular e alívio da fadiga.

Dicas para melhorar sua posição de trabalho e assim evitar dores:

Trabalho sentado
- Alterne as posições sentada / em pé / andando;
- Ajuste a altura do assento e a posição do encosto;
- Limite o número de ajustes possíveis da cadeira;
- Ensine a forma correta de regular a cadeira;
- Use cadeiras especiais para tarefas específicas;
- A altura da superfície de trabalho depende da tarefa;
- Compatibilize as alturas da superfície de trabalho e do assento;
- Use apoio para os pés;

Trabalho em pé
- Alterne as posições em pé / sentada / andando;
- A altura da superfície de trabalho em pé depende da tarefa;
- A altura da bancada deve ser ajustável;
- Reserve espaço suficiente para pernas e pés;
- Evite alcances excessivos;
- Coloque uma superfície inclinada para leitura.


Espero que vocês tenham gostado! Tenham um ótimo dia.
:)

Fonte: AMARAL, F.A. Ergonomia. Disponível em: http://www.luzimarteixeira.com.br/wp-content/uploads/2010/07/o-que-e-ergonomia.pdf Acesso em: 27 de mar. 2012


sexta-feira, 16 de março de 2012

RIQUEZA DA PROPOSTA PET-SAÚDE: VIVÊNCIA DO ACADÊMICO DE MEDICINA EM UBS- UM OLHAR MAIS ELABORADO.

Prática Clínica na Unidade Pedacinho de Chão
Por: Aline Canavez e Luena Braz- Acadêmicas 6º período Medicina-UNIR

Nessa semana o grupo composto pelas alunas Luena Braz e Aline Canavez, foram à Unidade Pedacinho de Chão e vivenciaram uma prática clínica bem interessante, que reforçou a importância da proposta do PET :vivência acadêmica em uma UBS.

No dia 15/03, em consultório, paciente masculino de aproximadamente 40 anos, exclamava como queixa principal de sua consulta um episódio de diarréia pela manhã, após um “cafezinho” no trabalho associado a intensa dor epigástrica, sem outros sintomas. A acadêmica interna que o atendia prossegui-se com anamnese básica, perguntando descrição dos aspectos da diarréia e realizando palpação básica da parede abdominal e região do fígado. E em primeiro momento, a acadêmica que o atendia tomou como hipótese diagnóstica uma infecção intestinal viral com possível amebíase pelas características osmóticas das fezes, exame físico sem achados e alegação do paciente em tomar água não filtrada no ambiente de trabalho. Diagnóstico estava quase fechado pela interna e nós também tinhamos o mesmo raciocínio até então.
No entanto, após acadêmica interna se retirar do consultório para breve discussão com a tutora a respeito do caso, nós petianas aproveitamos para destrinchar mais a rotina deste trabalhador, com perguntas como:
- "Sempre o senhor sente essas dores no abdômen?"
-"O senhor se alimenta no serviço? Come qual tipo de alimento com mais frequência?"
Após estas e algumas outras perguntas, descobrimos que paciente já havia sentido estes sintomas outras vezes e sempre era após fazer refeições no ambiente de trabalho, onde a dieta era rica em gorduras e com curto tempo para serem realizadas.

Após estas alegações, pensamos então, em repetir o exame físico, e palpar esse abdômen novamente por suspeita de um distúrbio de liberação da bile. Para surpresa, o sinal de Murphy foi positivo. Lembram o que é esse sinal? Ele é positivo, quando à palpação do ponto cístico o paciente faz interrupção abrupta da inspiração, patognomônico de doença vesicular.

Portanto, mudamos o nosso foco do diagnóstico de infecção intestinal para uma patologia vesícular (possível colestase por colelitíase). Após interna retornar ao consultório, a informamos do achado e então após solicitação e chegada da Dra. Maisa à sala, o sinal de Murphy positivo foi confirmado pela mesma, elevando a nossa nova hipótese diagnóstica como a mais provável, e então foram pedidos exames para analisar o quadro mais detalhadamente. Solicitou-se Ultra-Som, e exames laboratoriais como hemograma, lipidograma, uréia, ALT, AST e outros.

Em suma, pudemos com nossa vivência na UBS, tanto auxiliar este trabalhador quanto obtivemos ganho de experiência clínica com paciente.

Espero que tenham gostado da vivência! E nunca esqueçam que o estabelecimento do diagnóstico do seu paciente, em 75% dos casos, está em uma anamnese elaborada detalhadamente, principalmente pelos hábitos rotineiros, especialmente no trabalho, que é onde o trabalhador despende pelo menos 1/3 do seu dia.
Com olhos bem abertos, e ouvidos precisos, saberemos interrogar esse usuário estabelecendo uma boa relação médico-paciente, chegando a um diagnóstico satisfatório com precisão e agilidade.